terça-feira, 21 de junho de 2011

Pais de alunos preocupados com a falta de segurança

A situação precária do transporte escolar no município tem deixado preocupados os pais de alunos, haja vista que a segurança das crianças e adolescentes está comprometida. “Os ônibus estão ficando muito cheios. Meu filho mesmo está indo direto para a aula de bicicleta. Só que isso também nos deixa preocupados, porque acaba sendo outro risco”, contou o integrante da Comissão do Transporte Escolar da Escola Estadual Professor Letro, Leandro André.
Denílson Silva Lacerda, que é pai de três estudantes, também reclamou das condições do transporte escolar no município. “Além da superlotação, a  maioria dos ônibus está em péssimo estado de conservação. É comum o coletivo estragar na estrada e os meninos se atrasarem para a aula ou no retorno para casa. A gente já ficou sabendo até que a empresa responsável nem tem o laudo de vistoria. Isso só aumenta a nossa preocupação. Minha filha, inclusive, já até machucou uma vez por causa de uma freada que o motorista deu e acabou sendo pisoteada por outros alunos. Por sorte, não aconteceu nada mais grave”, disse.
O motorista de um dos ônibus que faz o transporte escolar, Aroldo Carlos, falou das dificuldades que eles enfrentam. “A gente até entende que o município não tem condições de arcar com os custos, mas as estradas também são muito ruins. Isso faz com que os veículos estraguem frequentemente. É complicado, porque o pagamento atrasa e fica até difícil de a gente investir mais nos veículos”, finalizou o motorista.

Divulgação
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Acidentes envolvendo transportes escolares são frequentes, devido às péssimas condições das estradas

SEE vai desenvolver estudos para identificar problemas

A Secretaria de Estado de Educação (SEE), informou que o repasse de recursos de transporte escolar para os municípios é feito com base em três critérios: o percentual de alunos (divulgado pelo Censo Escolar), o Índice de Desenvolvimento Humano do município (quanto menor o IDH, maior o percentual de recurso) e a área do município: áreas maiores recebem, proporcionalmente, mais recursos. Cabe aos municípios a administração dos recursos recebidos.
A SEE obedece a um limite orçamentário e, por isso, considera os mesmos três critérios acima citados para todos os 847 municípios atendidos.
Em 2011, foram liberados pela SEE mais de R$ 113 milhões, montante que representa um acréscimo de 54,7% sobre o recurso repassado no ano passado. Para todos os municípios mineiros que recebem recursos para o transporte escolar de alunos na zona rural, houve entre 50% e 75% de aumento sobre o valor per capita (por aluno). Em Antônio Dias, o aumento foi de 67,9% em relação ao ano anterior.
A fim de melhorar o atendimento dos alunos transportados, a SEE já estuda uma parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Federal de Tocantins, para realizar um diagnóstico do serviço de transporte escolar. O objetivo é justamente localizar os problemas e, de maneira intersetorial, criar políticas que possam enfrentá-los. Um grupo de trabalho já foi formado para fazer os levantamentos preliminares, que servirão de base para a elaboração do diagnóstico.

fonte:<http://www.diariodoaco.com.br/noticias.aspx?cd=55483>

Repórter : Victor Tancredo